domingo, 24 de maio de 2009

Terminar

Toda vez que termino um projeto me sinto um nada, não quero comemorar, não quero brindar, nada. É nessa hora que estou mais humano, de guarda baixa, é também essa a hora mais perigosa, e o maior perigo está nos que conheço.
Suas grandes descobertas, são comemoradas a sós, não adiantar comunicar, só enxergam resultados concretos e objetivos.
Então porque insisto em falar, latir?
Só para ser configurado por uma outra existência, para me tornar um phenomeno em uma outra realidade, a do outro, a virtualidade do outro que imaginará um reconhecimento e me menospresará com sua criação de realidade ao expressar sua opinião sobre a epifania vivida a sós por mim.
A sós estou e a sós estarei.
Extendo a mão, receoso, afinal é outro ser ali na minha frente, e o que encontro é um pata.
De ganso? Um cisne? Um patinho feio que um dia se tornará lindo?
Será isso o que ele quer ou o que eu quero para ele?
É hora de terminar uma frase ou uma fase?

Não são todas discussões grandes momentos de decisões tão pequenas que nos enchem de vergonhas só de nos lembrar, principlamente durante o momento, o que estamos falando e o que está sendo alvo de debate?

Mesmo essa comparada ao sol ou ao escuro é um evergonhar da humanidade que se exprime entre duas colunas na tela do computador, colunas que eu construi e pedi autorização para construir.

O quão medíocre é isso?

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Liberdade

Não sei ao certo o que quero dizer com esse título,
talvez "Ramshakle Day Parede" seja um bom começo,
pois o que ao certo é essa liberdade
que procuraram antigamente, que depositaram sangue e suor e busca da idéia, da aceitação da idéia do outro sem a contestação
e com o entendimento.

Ramshakle day Parede é uma música como outras que possuem som em uma sequência organizada com alguém cantando suas opiniões em diferentes notas e tons, eu escolhi ela aleatoriamente para mostrar que perguntar o porque desde o começo de um argumento não é entender e sim questionar em busca de uma resposta inteligente, deixando o argumentador a deriva, sozinho no oceano de sua imersão filosófica.

O que é a liberdade se vivemos com questionadores a nossa volta como parasitas em busca da frase que sintetisa todo o pensar de alguém, que demonstre toda a inteligencia de quem da a resposta a perguntas sem respostas.

Qual é o problema do "não sei"?

Não sei.

Mas muita gente sabe, e muita gente não sabe não saber. É quase uma arte, só não é porque não é remunerada.

A liberdade de falar, não existe.
De pensar...
tem que ser muito livre para se levar todos os pensamentos até o limite
até onde ele se perde nele mesmo e
pede por favor para que
você o deixe a sós,
só depois de kilometros de distância a fundo
se chega a liberdade de pensamento.

Então

não sei.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Surrealismo


Rainer Arnulf
Me pareceu muito com alguma figura política, ou um homem qualquer que não sabe de suas possibilidades, alguém que se projeta,
uma idéia de outrem,
nosso pensamento
em cima da atitude de outro,
uma conceitualização,
uma máscara da beleza
que encoberta a
beleza da vida.
Mas acima de tudo me pareceu pertinente,
sua presença no blog,
só.