A saudade não é uma tentativa de retorno a viver nos tempos passados com esse corpo, mas sim de viver com aquela sensação. Aquela força de emoção que agora parece ter sido levada pela razão. A experiência broxa. A paixão está no não saber que é carregado pela inocência. Assim caminho pela estrada desconhecida e penetro na gruta do futuro. Tateando as paredes e esfregando o chão. A experiência reclama seu status, reclama sua morada e seu lar é o mundo.
Não há volta, não há retorno de pensamento, não há “eterno retorno” vivo e consentido.
Meu charuto apagou.
Me concedo mais vinho para que a fumaça não seja intragável.
E me lembro do que era.
Não de como era, pois isso é nostalgia.
Mas do que era.
Aquela imagem que me vêm, me machuca.
Aquele despreprado todo de amontoado do não saber me desespera em direção a não ser jamais aquilo de novo.
- Nunca mais voltar!
Declaro a independência deste país e com ele todo seu corpo geográfico está livre de retornos.
Não há mais contra-mão
Não há mais não saber.
Não há mais inocência.
Não há mais inocência.
Não há mais inocência.
Não há mais inocência.
Não há mais porque haver
um eu
no mundo.
Então o que faço aqui
Além de
Procurar a
Inocência perdida?
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