terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Depois de Segunda

No final da noite
o que
resta
é a
manhã.

Nada mais.

Não lembro,

nada.

Quero
fuder tudo
e não
quero fuder
com
nada.

A água
é
minha deusa.

Sua refrescância
me atrai
como
uma boca
um
beijo.
+++++++++++++++++++++

Eu sei como é o outro lado.
O lado que ninguém voltou.
O lado de lá.

Lá do outro lado.

Onde não se chega a nado,
mas de barco.
O barqueiro
é opaco
e
rema
atrás
nunca ao lado.

O Sol se pôs
num falso vermelho++++++++Ao lado do
falso rosa.

Todos bateram palmas
- Aplausos para o falso.
Eu gritei------------ sozinho.

Em vão,
sem eco,
sem continuação,
sem ar.

E o outro lado
era assim
sem ar,
sem delongas,
sem eco.

Esqueça
tudo
e
saberás.