sábado, 21 de novembro de 2009

470 words - Moment

É um momento da vida em que me sinto compelido e estar aqui, a prestar atenção, não gostar do tempo passar. A hora agora parece um bem importante do qual não posso me desfazer com facilidade. Sou impelidoa me assegurar sobre o tempo com minha presença. Como? 24 horas de liberdade de forma? Liberdade de forma, ir aonde o motor do seu corpo levar.
Essa existência é possível somente se considerarmos a vida como uma totalidade de densidades temporais diferentes dentro da nossa mesma realidade perceptiva. Existem os anos, as horas, os séculos e assim por diante. Se considero existir a possibilidade de que reconheço e posso calcular tais acontecimentos é plausível afimar que posso viver amorficamente.
Se escolho um pedaço da vida para análise, se for macro estou sem forma, sou movimento. Caso escolha uma figura geométrica com tamanho e profundidade precisos, a possibilidade de eu ter uma forma neste momento me parece absoluta.

Adendo: A questão da existência é muito interessante, enquanto todas as possibilidades existem, várias coisas, ou coisalidades da coisa, são categoricamente constatadas como não existentes. Como posso afirmar que uma coisa não existe se a possibilidade dela existe?

Continuando o pensamento anterior a este parágrafo insólito.

Levaria até a morte? Sim. O pensamento não estaria lá para evitar a morte.
A faculdade de pensar me parece com a função única de evitar a morte por embaraço. Pois toda morte não pensada é embaraçada. Então a vida seria um evitar morrer enquanto me equilíbro ao caminhar por um emaranhado de fios, de material estranho, escorregadio e firme ao mesmo tempo, enquanto perder contato com o fio seria a morte, a morte é uma ação, que pode ser confundida por vida já que me transformo em energia, pensando na teoria física de que energia não se perde, ela se dissipa. O morrer, então, seria confundido com nascer e pareceria lógica, o suficiente, a conclusão de que vamos nascer várias vezes, pelo menos duas, quando nascemos e quando morremos. Como nascer é entendo como momento tal ao se constatar um agrupamento de energia, seja ele aonde ou como for. A palavra morte então passa a significar nada além de uma mudança de direção, a escolha ou a imposição de se rumar a outro fio. A imagem do fio pode parecer confusa mas ela na verdade é uma opção válida, pois por ser justamente um fio seria possível admitir também uma malha, e quanto mais intricada ela fosse mais seria como a realidade, com tamanha quantidade ela se tornaria com os mais diversos níveis de densidade. Dentro da realidade os fios nos são visíveis como escolhas, a ação seria a escolha. O pensamennto seria uma esolha também pois posso optar por ele.
A escolha então passa a ser nossa cada instante, dentro do que nos é apresentado ao nosso alcance, utilizamos o pensamento para escolhas fora do nosso alcance.

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