segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Hoje
Destruído escrevo mais um dia. Hoje é segunda e como outra qualquer eu só quero que chegue terça ou o próximo nome. Preciso descansar mas o tempo passa devagar e devagar chega o sono e eu sem paciência de esperar levanto antes dele se sentar. Jogo de rima é mediocre. Chato pra caralho essa posição de esperar pelo sono. Se desse eu dormiria em um shot de whiskey. Choveu hoje e a cidade raspou toda sua craca, eu tava na rua no momento, em que uma cachoeira nasceu em pleno jardim botânico, foi lindo ver as mulheres desesperadas sem saber engatar a primeira do 1.0 diante de uma ladeira do tamanho de escorrega de crianças. Olhar tudo borrado pela água que desce pelo vidro do carro enquanto o limpador está desligado chega a ser poético enquanto não me critico de piegas, viadinho e pretendente a artista. Um lado meu fica satisfeito com minha destruição mental do meu eu enquanto outro se encarrega com a parte mais prática da coisa, este é quem assume a partir do pôr do sol. Não sei mais definir direito o que chamam de culpa, parece que culpa é o que eu chamo de batalha mental. Não sou batizado então não me interesso entrar no assunto da culpa católica, esta eu chamo de culpa dos anúncios, das revistas com páginas impressas em material de fotografia e filmes em geral. Filmes em geral me deixam de saco cheio total, outro dia assisti "Z" do Costa Gravas e gostei muito, depois entrei no site da Z communications e parti para escrever qualquer asneira contra o chamado sistema. Acho melhor batizarmos o "sistema" de algum outro nome, algo como "nós" me parece mais pessoal e mais real. No geral continuo teclando como se alguém fosse ler o que está escrito assim como quem lê poesia em algum bar acredita, a partir da segunda estrofe, que estão prestando atenção, logo que chega ao final além de tomar conhecimento de todas as possíveis mudanças que passaram desapercebidas e que agora se tornaram óbvias, para o autor e para os que ali não estão pensando nos seus próprios escritos, ele sente o ar de sua mediocridade e sorri aguardando um olhar caridoso de atenção. Estou de mal humor mas com esperança, vou para um bar. Um bar sempre deixa satisfeito meu lado prático da vida, minha constante caminhada para o fim. Seja ele da maneira que vier, eu sempre ando em sua direção, alguns dias corro, outros engatinho, mas o movimento é constante.
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