terça-feira, 16 de setembro de 2008

Nomes

O que aconteceria se ao nos movermos não houvesse nenhum nome permeando o que chamamos de objeto, do uso e do alcance? Se meu "braço" não se chamasse de "braço", e sim substância, que tipo de sensibilidade ele me apresentaria? Poderia me tornar areia? Pelo menos sentir um pouco mais cada grão? Como quando queremos entrar dentro da pessoa que amamos e sabemos que não dá e mesmo assim a vontade permeia o movimento. Nenhum nome atrapalha, tudo é lembrado sem estar na frente, todos os tempos se apresentam em um toque que é apenas um "verbo" se desejarmos nomear. É o tempo que faz a nossa substância? Com o tempo as palavras perdem sua força e outras ganham, já estava crescendo mas tem seu tempo também. Infelizmente. O tempo é devagar. O tempo pode ser mais devagar basta tentar. Ao contar uma história, as palavras comprimem todo um mundo, e só nosso interior sabe a magnitude vivida, esquecida. Representada agora em um plano qualquer ao sujeito qualquer que está em qualquer frente. Nomes, esse era o ponto. O ponto de partida esquecido pelo tempo e suplantado por este lugar. Aonde estou agora? Esta é a pergunta que vai levar a causa do futuro agora. E lá nomearei o que estiver acontecendo, limitando minha experiência conscientemente. O nome desse ato é Vida.

Um comentário:

Sabrina Mata disse...

Acho que o nome não influencia o ato, mas tem sua força como um mantra. Se não repetido esvazia-se no espaço, na constancia vira um traço.

Boaaaaaaa!!