segunda-feira, 1 de setembro de 2008

1 Minuto

O sabonete acabou. Sempre me espanto. Também não me lembro de ter deitado na cama,
mas meu cheiro está lá. Quem arrumou todos os meus livros? Olho uma paisagem diária. Está sempre diferente, é assustador. Não são mudanças como nos filmes, mas sim como na vida. O astrólogo vê mudança e seu telefone agora vibra, mudou ou não mudou? Pessoas dentro de carros parecem infinitos bonecos, não têm vida porque passam muito rápido. Se sigo uma, com meu olhar, dou vida. Nasce um João de Pirinópolis, pela primeira vez no Rio de Janeiro, sua mulher o espera no restaurante recomendado pela Lourdes mulher de Otávio, melhor amigo de João, o restaurante se chama Iemanjá, fica logo ali no Arpoador, espero que não seja assaltado. Passa uma gaivota, gosto de pensar que é um Albatroz, o nome soa mais poderoso, pra onde elas vão? Tomara que não atirem nelas, alguém sem dormir a dias poderia fazer isso sem nem se lembrar ao acordar. Acho que erraria. Sim, erraria. Uma bunda passa rápido, está falando alguma coisa, não entendo nada. Aonde ela vai? Quantas pedras portuguesas tem aqui nesta calçada? Vários montes, batidos e alinhados. Há quanto tempo está ventando? Dá pra medir o vento? Não me preocupo com a velocidade, mas sim seu tamanho e para aonde vai. O vento é um corpo que passa? Quer ir à algum lugar.

Um comentário:

Sabrina Mata disse...

Adorei essa!!!
Adorei o jogo de palavras, cada saida e cada entrada.