sexta-feira, 11 de julho de 2008

Independentes dependentes

O tempo é interno,
imutável.

Vozes,
escuta...
falam
para meu bem,
será?
Não entendo.

Estou em outro país
aqui é quente sendo frio.

No alto do penhasco
o salto é
a vertente,
e é linda,
morada longínqua,

embaixo...
aqui em cima não há ninguém.
Vejo um guarda sol
sozinho,
no deserto
meio...
vertical,
junto ao mar
verde cristalino sem peixes algas cem ondas nem corais.
Um lagarto
chora?

Somos sozinhos,
lamento
não nos tocamos nunca,
não.
5:18 da madrugada de que dia?
Garrafa vazia
pensamento em greve.
Pombos andam
sem trabalho.

Voto na minha repressão
obrigado.
- Um brinde ao descaso
estou aqui não estou?
O mundo não é um deserto,
estou sempre esbarrando em alguém
até saber que não há ninguém lá...
Tudo era mentira
...na verdade.
Invento que vivo,
consumo minha vida.
Quero mergulhar
até o fundo.


Meu ego
sobreviverá
para sempre,
por bem ou por mal.
-Morte as idéias!
abandonem todas.
Quero todas
as relações

e finalmente um dia

nascer?

Um comentário:

Jo disse...

Acho que o nosso ego como nosso orgulho, devem existir sempre. Mas não o ego inflado, o orgulho demasiado, mas sim, o ego pelo orgulho de sermos quem somos, pelo amor próprio. E claro sempre evoluíndo, como você mesmo escreveu em outro texto... quem não muda em dois anos, ficou morto durante este tempo... acredito nisso também!
"Morte as idéias!abandonem todas.Quero todas as relações" Você não precisa matar suas idéias para ter uma relaçao. Claro, que somos únicos e cada um tem um pensamento, mas acredito que temos relações para serem somadas ao nosso eu. Se uma relação não soma de alguma forma, não é uma relação, é uma via de uma mão só.
E só um obs: Amei quando disse, "pensamento em greve"!!! Muito bom!!! Bjs Jo