Falo hoje sobre um sonho de ontem.
Suas cores passaram do preto ao branco sem perder uma só mudança, mas com liberdade de misturar e voltar, subir descendo para dançar o se perder.
Estou parado em frente ao penhasco,
é ele,
eu o conheço de vista,
o vento sobe devagar minha pele,
o mundo estava sendo inundado por ar.
Miro o fundo, e vejo meus olhos brancos, refletem a luz solar enquanto são secos pelo toque do mundo.
Me preparo para pular.
Há grama sob meus pés.
- Como pode haver grama se estou em casa?
Lá embaixo eu não sei o que há. Em cima eu conheço tudo. Me abaixo só um pouco, imaginando minhas pernas se tornando uma espécie de molas, elas adoram se fantasiar, são crianças tentando ser adultos.
Estou subindo com mais velocidade, pés ainda no chão, passo pelo ponto médio e nesse momento escuto um chamado:
- Beaumont!
- Beaumont. Beaumont...
OLho para trás e vejo todos que passaram por minha vida, importantes, esquecidos relembrados, figurantes, potenciais amores, sons, letras, imagens conexas e desconexas.
Me viro para o penhasco,
ele não está mais lá.
Não há mais nada em minha frente.
Todos se foram,
não há mais ninguém há minha volta e meu nome
voltou para casa.
A inspiração das três horas da manhã não espera você acordar.
Ela está ali, agora,
nunca no depois
e nunca
no antes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário